A Uber apareceu em Portugal em 2014
e desde aí que tem conquistado muitos adeptos que pretendem deslocar-se de
carro pela cidade de Lisboa e Porto, sendo uma nova alternativa aos
tradicionais serviços prestados pelos taxistas.
Mas se a app da Uber se mostrou um
tremendo sucesso, nem todos ficaram contentes com esta novidade, sobretudo os
taxistas experientes que olham para a Uber como um potencial problema para a
continuação do seu negócio.
Pessoalmente, apenas posso avaliar a
prestação dos taxistas e devo dizer que não tenho quaisquer razões de queixa.
Apesar de criticados por alguma conduta pouco profissional e certa dose de
antipatia e outra dose de estereótipos, considero essas críticas a excepção
visto que só posso aconselhar.
Não sou cliente da Uber mas são visíveis
as vantagens que oferecem a uma sociedade que cada vez mais usa as tecnologias
como uma ferramenta no dia-a-dia. Penso que é exactamente essa componente que
torna a Uber tão atractiva. O facto de ser moderna, com boa imagem e estar
actualizada perante as necessidades dos seus utilizadores tanto no que diz
respeito às formas de pagamento como o método prático de chamar um motorista e
fazer tracking da viagem e tempo de espera, e mesmo o custo que é calculado
automaticamente e que não dá espaço para desonestidade.
Se as queixas dos taxistas são, na
minha opinião, completamente fundamentadas visto constituírem argumentos para a
defesa de concorrência desleal a verdade é que não raras vezes ouvi o
descontentamento basear-se apenas no facto de a Uber representar simplesmente
uma concorrência. Exacto, ter competição no mercado é sempre uma coisa chata,
pode arruinar-nos os planos especialmente quando estamos habituados a um longo
reinado sem problemas mas isso não é razão para a violência física e verbal que
de que os motoristas da Uber têm sido vítimas por parte de taxistas que não se
conformam com a sua existência.
Os serviços prestados pelos taxistas
não são inferiores mas o respeito e profissionalismo tem de existir, bem como a
liberdade de escolha de acesso a diferentes serviços mas também não deixa de
ser verdade que todos os taxistas são obrigados a ter certificado da profissão
e licenças dos veículos o que explica a injustiça que invocam.
Uber e Táxis não estão em pé de
igualdade. E essa falta de igualdade é protegida por um vazio legal que permite
à Uber continuar a funcionar. A solução da questão ainda está pendente e é
possível que tenha de passar por alterações na lei, até lá, podemos sempre escolher
como queremos chegar ao nosso destino de entre as opções que temos disponíveis,
tal como escolhemos a operadora dos nossos telemóveis ou a companhia onde
voamos.
Sem comentários:
Enviar um comentário