Connosco descobriu-se o mundo.
Connosco medos foram vencidos.
Fomos o início. Fomos quem
desbravou um mar infinito, em perigos e
guerras esforçados, mais do que prometia a força humana, cantava Camões,
entoando o peito ilustre lusitano.
Fomos os primeiros. Os destemidos
lusitanos, que contra incertezas, mitos e medos, deram a conhecer ao mundo, a
glória e a coragem de um povo que enfrentou ventos e tempestades por um sonho.
Hoje, resta-nos a imaginação. A
memória das glórias passadas, e a crítica ao Portugal desacreditado de hoje. Os
portugueses que deixaram de acreditar, que deixaram de ver a nossa essência, que
perderam a bravura de um povo destemido, de um povo que não se verga, mas que
acredita, que luta, e que têm em si a capacidade de conquistar o mundo.
Somos mais que a crise, que as
críticas, que os bancos falhados, que os corruptos que nos desacreditam, que os
políticos que apenas prometem, somos mais do que estatísticas! Não, nós não
somos “lixo”, como alguns afirmam.
Nós somos o rosto que fita o
mundo! Pelo mundo espalham-se as marcas do nosso passado, e pelo mundo,
deixamos a nossa marca para o futuro.
Somos um país de paisagens
encantadoras, de cortar a respiração. Somos um país de sol, de praias únicas,
de pequenos paraísos escondidos. Somos o berço em Guimarães, somos a luz de
Lisboa, somos as pitorescas ruas do Porto, somos a alma de Coimbra. Somos o
calor do Algarve, o quente e acolhedor Alentejo. Somos a beleza açoriana,
as flores da Madeira, a poesia dos vales do Douro. Somos a bravura transmontana,
o romance de Sintra e a fé dos peregrinos. Somos o umbigo do mundo, em Tomar. Somos o
fado, a eterna saudade!
A nossa história é longínqua, as
nossas fronteiras as mais antigas. Desde cedo, acérrimos defensores do que é
nosso. Lutámos. Conquistámos. Vencemos. Perdemos. O nosso passado conta a
promessa de algo maior, conta a viagem de uma nação sempre inacabada.
Queremos sempre mais! Achamos que
podemos sempre mais! Qual povo, eterno descontente e crítico do que têm e do
que é! Não somos capazes de sentir, de viver esta alma portuguesa. Esta alma
saudosa, esta alma calorosa, acolhedora! Este povo de festa! Este povo que por
estes dias sai à rua e dança, canta, faz da noite sua.
Não existe no mundo, luz e
alegria como a nossa! Não existe no mundo quem tanto diga mal de si próprio,
mas que quando se une, não há quem os pare! Unidos somos mais fortes. Unidos
movemos multidões, criamos o inimaginável e conquistamos o impossível! Basta
acreditarmos, basta largarmos o medo, as críticas de velho do restelo e, só aí, conseguiremos conquistar todos os adamastores que surgirem no nosso
caminho.
Sim, fomos nós que descobrimos o
mundo. O Mar foi e é nosso. Falta só mesmo cumprir-se
Portugal.
É a Hora!
Sem comentários:
Enviar um comentário