Como
todos o sabemos, o ébola tem vindo a concentrar atenções um pouco por todo o mundo,
fazendo soar o alerta nos órgãos de saúde internacionais.
Contudo,
o seu potencial infeccioso pode ser comparado com muitas outras doenças.
Exemplo
disso é a tuberculose que segundo dados da Organização Mundial de Saúde registou
9 milhões de pessoas infectadas em 2013 em que dessas, 1,5 milhão morreram.
Desde
que começou o surto de ébola, 260 mil pessoas morreram de malária sendo a
doença infecciosa que mais mata. Dengue, febre amarela, malária e tuberculose
são as doenças infecciosas mais perigosas actualmente.
Um
dos problemas está na falta de informação e divulgação. No caso do ébola, o
alarme só foi mais incisivo a partir do momento em que os risos começaram a
chegar a Angola, o que pode indicar que as chamadas de atenção podem depender
do sítio em que acontece a epidemia.
O
caso da malária pode não receber tanta preocupação pelo facto dos mosquitos só
conseguirem sobreviver em regiões com climas muito específicos que por acaso
são nas zonas mais pobres e menos desenvolvidas. Provavelmente, se o clima
ideal para a expansão desta doença fosse temperado, como por exemplo nos países
europeus, os esforços para a produção de uma vacina já teriam sido realizados
há mais tempo.
Para
além disso a forma como os media abordam o tema cria mais do que informação
esclarecedora, o caos entre os mais susceptíveis. Os efeitos secundários passam
pela estigmatização de comunidades como mostra o surto de SARS em 2003, a
população asiática nos EUA tornou-se alvo das preocupações dos americanos sobre
a proximidade com os mesmo ou sobre a compra de mercadorias.
Para
além de cuidados médicos e aposta na investigação de forma a conseguir os tão
necessários meios para combater estes vírus, é preciso, aparentemente, tornar a
doença atractiva para os meios de comunicação e populações que não esperam ser
afectadas por elas. Desta forma, todas elas devem conseguir o “horário nobre”.
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