23/02/2015

Há doenças populares?

Como todos o sabemos, o ébola tem vindo a concentrar atenções um pouco por todo o mundo, fazendo soar o alerta nos órgãos de saúde internacionais.
Contudo, o seu potencial infeccioso pode ser comparado com muitas outras doenças.
Exemplo disso é a tuberculose que segundo dados da Organização Mundial de Saúde registou 9 milhões de pessoas infectadas em 2013 em que dessas, 1,5 milhão morreram.
Desde que começou o surto de ébola, 260 mil pessoas morreram de malária sendo a doença infecciosa que mais mata. Dengue, febre amarela, malária e tuberculose são as doenças infecciosas mais perigosas actualmente.
Um dos problemas está na falta de informação e divulgação. No caso do ébola, o alarme só foi mais incisivo a partir do momento em que os risos começaram a chegar a Angola, o que pode indicar que as chamadas de atenção podem depender do sítio em que acontece a epidemia.
O caso da malária pode não receber tanta preocupação pelo facto dos mosquitos só conseguirem sobreviver em regiões com climas muito específicos que por acaso são nas zonas mais pobres e menos desenvolvidas. Provavelmente, se o clima ideal para a expansão desta doença fosse temperado, como por exemplo nos países europeus, os esforços para a produção de uma vacina já teriam sido realizados há mais tempo.
Para além disso a forma como os media abordam o tema cria mais do que informação esclarecedora, o caos entre os mais susceptíveis. Os efeitos secundários passam pela estigmatização de comunidades como mostra o surto de SARS em 2003, a população asiática nos EUA tornou-se alvo das preocupações dos americanos sobre a proximidade com os mesmo ou sobre a compra de mercadorias.

Para além de cuidados médicos e aposta na investigação de forma a conseguir os tão necessários meios para combater estes vírus, é preciso, aparentemente, tornar a doença atractiva para os meios de comunicação e populações que não esperam ser afectadas por elas. Desta forma, todas elas devem conseguir o “horário nobre”.

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