Quem irá
governar Portugal? É a pergunta que mais se ouve nos últimos dias! Já diziam, e
bem, os romanos «estes nem se governam,
nem se deixam governar». Começo a achar que isto já faz parte de nós, esta
coisa de andarmos aqui às aranhas com as artimanhas que os políticos deste país
arranjam para se entreterem. Tudo aquilo a que assisto nos últimos
dias baseia-se no objectivo mais básico que ocupa a mente humana, desde a sua
criação – O Poder.
Basta olharmos para toda a história da
humanidade e vemos que as guerras, as lutas, as crises, os golpes de estado,
tudo isso, teve como início a vontade, a sede de poder de algum Homem, que um
dia acordou e pensou quero aquilo! Não me entendam mal, a ambição é algo que
faz parte de nós, todos nós devemos ter o desejo de alcançar algo, de ter
alguma coisa nossa, mas o que não podemos deixar é que essa vontade nos cegue perante
tudo aquilo que nos rodeia. A mesma cegueira que se alimenta da melhor amiga da
nossa vontade de mandar: A hipocrisia.
A hipocrisia com que nos colocamos atrás de
um púlpito e assumimos uma eleição minoritária, como a maior das vitórias e
mesmo sabendo que temos os dias contados olharmos nos olhos de um povo e
dizermos que, a partir de agora, tudo vai melhorar.
A mesma hipocrisia com que
assumimos que juntar três partidos formam a maioria da vontade popular, e que só
isso nos dá a credibilidade de nos auto proclamarmos como futuro governo.
É
exactamente essa mesma hipocrisia que nos leva a criticar quem nos governa, e no
dia das eleições ficarmos sentados no sofá sem nos darmos “ao trabalho” de
irmos expressar a nossa opinião num boletim. E depois o resultado é este, dois possíveis
governos, um impasse, e a incerteza de como será o nosso futuro.
Sem comentários:
Enviar um comentário