08/11/2015

Os Romanos é que tinham razão...



      Quem irá governar Portugal? É a pergunta que mais se ouve nos últimos dias! Já diziam, e bem, os romanos «estes nem se governam, nem se deixam governar». Começo a achar que isto já faz parte de nós, esta coisa de andarmos aqui às aranhas com as artimanhas que os políticos deste país arranjam para se entreterem. Tudo aquilo a que assisto nos últimos dias baseia-se no objectivo mais básico que ocupa a mente humana, desde a sua criação – O Poder.
  
      Basta olharmos para toda a história da humanidade e vemos que as guerras, as lutas, as crises, os golpes de estado, tudo isso, teve como início a vontade, a sede de poder de algum Homem, que um dia acordou e pensou quero aquilo! Não me entendam mal, a ambição é algo que faz parte de nós, todos nós devemos ter o desejo de alcançar algo, de ter alguma coisa nossa, mas o que não podemos deixar é que essa vontade nos cegue perante tudo aquilo que nos rodeia. A mesma cegueira que se alimenta da melhor amiga da nossa vontade de mandar: A hipocrisia.
    
      A hipocrisia com que nos colocamos atrás de um púlpito e assumimos uma eleição minoritária, como a maior das vitórias e mesmo sabendo que temos os dias contados olharmos nos olhos de um povo e dizermos que, a partir de agora, tudo vai melhorar. 
       A mesma hipocrisia com que assumimos que juntar três partidos formam a maioria da vontade popular, e que só isso nos dá a credibilidade de nos auto proclamarmos como futuro governo. 
       É exactamente essa mesma hipocrisia que nos leva a criticar quem nos governa, e no dia das eleições ficarmos sentados no sofá sem nos darmos “ao trabalho” de irmos expressar a nossa opinião num boletim. E depois o resultado é este, dois possíveis governos, um impasse, e a incerteza de como será o nosso futuro.
    

    


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